Todo Mundo Quer Falar

Thursday, September 22, 2005

Alguma literatura

Eu gosto muito de literatura. Quero escrever uma infinidade de livros de contos e romances. Mas literatura é um problema...

Acredito que os livros de literatura são mais adequados para transmitirem alguns tipos de conhecimento do que o são os livros científicos. Simplesmente porque a linguagem da literatura se aproxima e até supera a linguagem que utilizamos no dia-a-dia para entender a realidade. A literatura nos entrega textos síntese, em que cada palavra pode se desdobrar em um milhão de possibilidades e significados. É mais fácil, por exemplo, transmitir como um sentimento é desenvolvido por meio de textos literártios. A linguagem da ciência, por outro lado, pretende transmitir um e somento um significado.

A literatura se torna um problema quando os significados dos textos fica muito escondido. Alguns admiram isso e dizem que o maravilhoso da arte é essa capacidade de transmitir um milhão de possibilidades. Eu penso que quando o significado fica escondido é porque o autor tem sérios problemas. Deveria procurar um psiquiatra, tomar um remédio e tentar escrever de novo.

É melhor colocar assim: seria bom colocar algum limite na distorção da realidade. A linguagem serve principalmente para transmitir informações. Se isso não for alcançado, então um outro nome deveria ser dado ao amontoado de palavras. Não estou defendendo uma literatura parecida com ciência. De jeito nenhum! Ciência é chata. Eu gosto porque sou chato. A interpretação idiossincrátiva da literatura deve continuar! O que estou dizendo é que a interpretação deve ser possível.

Também há a literatura pela beleza das palavras, em que o significado é deliberadamente deixado a escanteio e a forma é elevada à condição máxima. Isso é compreensível. A estética é importante à literatura, acho até que é fundamental a ela. Mas a literatura que apenas pretende a forma não deve estar em romances.

Uma realidade nova a ser apresentada, ou uma interpretação incomum da realidade precisam ser compreendidas em algum grau. Defendo a expulsão dos textos incompreensíveis que só prestam ao autor. Eu prometo que minha literatura será passível de entendimento. E prometo que quando eu distorcer a realidade violentamente, vou fazer de forma que ainda se possa entendê-la. Se algum dia eu violar esse princípio, avisem-me.

E vocês, o que acham da literatura incompreensível?

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